quinta-feira, 5 de junho de 2025

SESSÃO LEITURA - DE ALGUM PONTO ALÉM DA CORDILHEIRA - MARINA COLASANTI

O texto abaixo é de autoria de Marina Colasanti.
Para maiores informações sobre a autora, favor acessar: https://www.ebiografia.com/marina_colasanti/.
Boa leitura!

DE ALGUM PONTO ALÉM DA CORDILHEIRA

Há quanto tempo aquela cidade se preparava para a chegada dos bárbaros? Não desde sempre. Mas quase. Por isso as sólidas muralhas mais antigas que muitas casas, e as constantes sentinelas no topo. Viriam da fronteira traçada pela cordilheira, estava escrito, atravessariam com seus animais de duras patas o vale de pedras. E embora a muralha cintasse a cidade por inteiro e houvesse fronteiras em outras direções, só para o lado do vale voltavam-se os olhares das sentinelas. Até que uma manhã, atendendo àqueles olhares que se feriam contra o sol nascente, viu-se a linha do horizonte estremecer, como se abrasada por um vapor. E com o passar das horas, já às beiras do escuro, foi possível dizer, com quase certeza, que sim, havia um remoto mover-se que bem podia significar um avanço.
A notícia correu pelas muralhas, resvalou para as ruas, pátios, casas, passou por todas as bocas com tensão de alarme: eram os bárbaros que vinham. Vinham, é certo, mas como se verificou em seguida, moviam-se muito, muito devagar. Sete dias depois, continuavam longínquos, indistintos. Talvez trouxessem armas pesadas, donde a lentidão da marcha, especulou-se na cidade. Certamente eram numerosos, foi dito, e se não levantavam nuvem de poeira era apenas porque avançavam em solo pedregoso. Quem sabe, esperavam reforços vindos de confins afastados . Fosse como fosse, repetiram todos, encontrariam a cidade pronta para a defesa. Juntaram-se provisões, afiaram-se as lâminas. Em cada casa reforçaram-se portas e janelas. Protegeram-se os poços.
A cidade rangia os dentes, mas os bárbaros não chegavam. Mais de um mês havia sido gasto em preparativos, quando percebeu-se que acampavam na distância, muito além do alcance de tiro e olhar, demasiado longe para permitir um avanço seguro da cavalaria. Estão recompondo suas forças depois da longa marcha, deduziram os chefes militares da cidade. E, como água, a informação escorreu por debaixo de cada porta. Em breve atacarão, deduziram todos.
Nem em breve, nem mais adiante. Os bárbaros pareciam ter esquecido o motivo da sua vinda. Acampados estavam, acampados continuaram, no mesmo lugar. Por um tempo, muito. A bem da verdade, não se mantinham inteiramente imóveis. Deslizavam tão pouco para a frente, expandindo-se apenas como a gota `a qual se acrescenta mais e mais água, que imóveis eram considerados na cidade. De palmo em palmo, entretanto, de pequeno avanço em pequeno avanço, os bárbaros acabaram sendo alcançados pelo olhar. Em dias claros, e sem muito esforço, viam-se do alto da muralha os homens e seus cavalos, as mulheres tirando leite das cabras, as crianças brincando entre as patas dos camelos, o cotidiano sendo gasto. Impossível saber se havia guerreiros, porque um guerreiro sem couraça é apenas um homem, e não se veste couraça fora da batalha. `A noite, a claridade que filtrava das tendas povoava a planície de vagalumes.
Subir nos torreões para observá-los tornou-se uma atração na cidade. E o momento chegou em que , deslizando de nada em nada, os bárbaros com suas tendas e o latir de seus cães estavam ao pé da muralha. Contrariando as previsões, não investiram contra os portões, não pegaram em armas. Talvez nem as tivessem. Estavam ali, tão somente, como antes haviam estado no vale. Eram mais coloridos do que pareciam `a distância, e ruidosos. A música dos seus instrumentos escalava a muralha, perdia-se nas ruas, convidando a destrancar as janelas.
Tendo-os assim tão próximos, com sua algaravia e seus colares de contas, parecia difícil aos habitantes da cidade justificar o medo que os havia precedido. Com certeza são apenas nômades, comentaram entre si os chefes militares. E nas ruas e casas repetiu-se com satisfação, apenas nômades. Não demorou muito para que, certos todos de que algo os nômades teriam para mercadejar, os grandes portões da muralha lhes fossem abertos. Só então foi possível ver que seus dentes eram pontiagudos e recobertos de ferro. Mas já era tarde.

Fonte: https://contobrasileiro.com.br/de-algum-ponto-alem-da-cordilheira-conto-de-marina-colasanti/.

SESSÃO ABERTURA DE PROGRAMA DE AUDITÓRIO - AGORA É DOMINGO (2018)

O programa foi apresentado por José Luiz Datena na Band de 22 de abril até 30 de dezembro de 2018, sempre aos domingos.
Inicialmente, chamava-se Agora é com Datena. A partir de 15 de julho mudou de nome, passando a se chamar Agora é Domingo.
Seu "cardápio" era composto de games, musicais e entrevistas.
Para maiores informações sobre o programa, favor acessar: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agora_%C3%89_Domingo.
Boa diversão!

quarta-feira, 4 de junho de 2025

SESSÃO SAUDADE - JOMBA

A homenagem de hoje vai para o ator, comediante e redator Jomba.



Iniciou sua carreira em seu estado natal, Pernambuco e depois, transferiu-se para a TV Excelsior, onde atuou como ator e redator em programas como: “Chico Anysio Show”, “Gira o Mundo Gira”, “A Volta ao Mundo em Oitenta Shows”, “A Volta ao Mundo Sem Fazer Força”, “O Homem e o Riso” e “Times Square”.

Na TV Tupi, trabalhou como comediante e redator em “Pandegolândia”, “A. E. I. O. Urca”, “Chico Anysio Show” e “Deu a Louca do Mundo”.
Transferiu-se, então para a Globo, exercendo as mesmas funções em “Balança, Mas Não Cai”, “Você Tem Tempo”, “Chico City”, no quadro “Humor Com Chico Anysio” do “Fantástico”, “Azambuja & Cia.”, “Chico Total”, “Chico Anysio Show”, “Estados Anysios de Chico City” e “Escolinha do Professor Raimundo”.
Apareceu também como ator em casos especiais, minisséries, seriados e novelas, tais como Vereda Tropical, A Gata Comeu e Mandala.
Teve passagem também pelo teatro.
Seu personagem mais famoso foi Albemerindo, o companheiro do velho Popó, interpretado por Chico Anysio.
Obrigado, Jomba, por fazer rir tantas gerações de brasileiros!
Descanse em paz!
Para saber mais sobre este artista, favor acessar: https://tvsaudades.com.br/item/580/jomba-66-anos/details?pageType=items.
Com o objetivo de homenageá-lo, reproduzimos abaixo pequeno trecho em que interpreta seu personagem mais conhecido ao lado do companheiro Chico Anysio.


Fonte: https://www.dailymotion.com/video/xpo36y

SESSÃO HUMOR

Entra um bêbado na delegacia e pergunta:
- Eu poderia ver o ladrão que entrou na minha casa ontem?
O policial encarregado diz:
- E por que você quer ver?
O bêbado responde:
- Para saber como ele entrou sem acordar minha esposa.

Fonte: https://www.jokes4us.com/piadas/bebados/index.html.

terça-feira, 3 de junho de 2025

SESSÃO REMAKE MUSICAL - LUA BRANCA - LUÍZA LARA

A canção Lua Branca, que teve como um dos intérpretes Maria Bethânia, é apresentada no vídeo abaixo por Luíza Lara. 
Para ouvir a versão de Maria Bethânia, favor acessar: https://biscoitocafeenovela.blogspot.com/2025/06/sessao-tunel-do-tempo-musical-lua.html.
Boa diversão!



LETRA

LUA BRANCA

Compositora: Chiquinha Gonzaga

Oh, lua branca de fulgores e de encanto,
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo,
Ah, Vem tirar dos olhos meus, o pranto,
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo.

Oh, por quem és, desce do céu, ó lua branca,
Essa amargura do meu peito, ó vem, arranca,
Dá-me o luar de tua compaixão,
Ah, vem, por Deus, iluminar meu coração.

E quantas vezes, lá no céu, me aparecias,
A brilhar em noite calma e constelada.
E em tua luz então me surpreendias
Ajoelhado junto aos pés da minha amada.

E ela, a chorar, a soluçar, cheia de pejo,
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo.
Ela partiu, me abandonou assim,
Oh, lua branca, por quem és, tem dó de mim!

Fonte: https://www.letras.mus.br/maria-bethania/94717/

SESSÃO TÚNEL DO TEMPO MUSICAL - LUA BRANCA - MARIA BETHÂNIA

A canção Lua Branca, interpretada por Maria Bethânia, fez parte da trilha sonora da novela Éramos Seis, versão apresentada pela Rede Globo no horário das 18h de 30 de setembro de 2019 a 28 de março de 2020
Para maiores informações sobre as novelas, favor acessar: https://observatoriodatv.com.br/teledramaturgia/eramos-seis-2019/.
Boa diversão!



LETRA

LUA BRANCA

Compositora: Chiquinha Gonzaga

Oh, lua branca de fulgores e de encanto,
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo,
Ah, Vem tirar dos olhos meus, o pranto,
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo.

Oh, por quem és, desce do céu, ó lua branca,
Essa amargura do meu peito, ó vem, arranca,
Dá-me o luar de tua compaixão,
Ah, vem, por Deus, iluminar meu coração.

E quantas vezes, lá no céu, me aparecias,
A brilhar em noite calma e constelada.
E em tua luz então me surpreendias
Ajoelhado junto aos pés da minha amada.

E ela, a chorar, a soluçar, cheia de pejo,
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo.
Ela partiu, me abandonou assim,
Oh, lua branca, por quem és, tem dó de mim!

Fonte: https://www.letras.mus.br/maria-bethania/94717/

segunda-feira, 2 de junho de 2025

SESSÃO RETRÔ - VARIEDADES - DICK DANELLO

A reportagem abaixo foi publicada na revista 7 dias na TV nr. 722, referente à semana de 27 de junho a 03 de julho de 1966.
Para ler esta ou outra matéria em tamanho maior, caso use o Explorer ou Chrome, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir link em uma nova guia". Na nova guia, clique com o botão esquerdo do mouse e, pronto, terá acesso a uma ampliação da página. Caso o navegador seja o Firefox, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir em nova aba". Em seguida, proceda como no caso dos dois outros navegadores citados.
Boa diversão!